As Vinte Mil Léguas Submarinas
As Vinte Mil Léguas Submarinas

A Inaudita Guerra

 

Na década de 60, Maria, uma jovem de pele clara, cabelo encaracolado e escuro, e de olhos esverdeados como nunca vistos, de apenas doze anos, passava por muitas dificuldades, quer económicos como psicológicas.

Maria não tinha nenhuns amigos, os seus colegas de turma só iam falar com ela quando precisavam de alguma coisa e por vezes até a ameaçavam se ela não o fizesse. Os pais dos colegas de turma, diziam para que eles não falassem com ela, pois os pais consumiam droga, mas infelizmente naquela altura, os filhos eram o espelho dos pais.

Maria sempre fora uma menina muito inteligente e autónoma, mas por vezes, quando chegava a casa, chorava, chorava e chorava, pois passava o dia inteiro a fazer-se de forte, a tentar ignorar tudo o que diziam dela, com um grande e lindo sorriso nos lábios. Mas ela é um ser humano e, como todos, ela consegue suportar tudo até que chaga aquele momento em que chorar é a melhor opção.

Os dias foram passando e a agitação na sua cidade foi aumentando, como existia fome e falta de emprego, os pais da Maria ficaram desempregados e começou a ser difícil haver comida na mesa, mas por enquanto ainda não existia muita crise, pois eram poucas as pessoas que passavam pela mesma dificuldade. Momentos difíceis iriam vir e, Maria, ao contrário dos outros miúdos, estava preparada, pois nunca teve uma vida fácil, nunca foi habituada a ter tudo.

Ela vivia no Norte e para sua pouca sorte era aí que se situava os governantes do seu país, e naquela altura difícil, havia muitos protestantes, dos quais muito violentos.

O tempo foi passando, passou um ano e cada vez havia mais crise no seu país, crise daquela que são poucas as pessoas que têm dinheiro para ter um pão que seja. Na mesa de Maria, existia pão duro, dado pelas pessoas generosas ainda existentes.

O Sul, muito chateado com o que os governantes andavam a fazer, revoltaram-se e invadiram o Norte, tentaram apoderar-se da economia para seu próprio proveito, mas como sempre, o povo do Norte conseguiu impedi-los de avançarem muito mais do que já estavam. Maria muito assustada, pois o seu pai estava envolvido naquela guerra civil, quando ela saiu à rua e viu todos aqueles estragos, ficou com receio do que poderá ter acontecido ao seu pai, porque apesar de tudo o que ele lhe fez passar, era seu pai e ela gostava muito dele e, felizmente, não lhe acontecera nada.

O país estava “submerso” num caus sem fim à vista, a maior das razões era um arrastar de uma política corrupta, em que desvalorizavam os mais necessitados.

Passado algum tempo da primeira vez que o povo sul atacou, os militares começaram a fazer muralhas, para que não houvesse um segundo ataque.

O Presidente convocou uma reunião com alguns militares e governantes, dois dos militares estavam com ideia de pôr fim ao conflito para, finalmente, entrarem em paz. Foi então que decidiram novas eleições.

Despois de estas de terem realizado e do povo ter escolhido o novo partido democrático, o país ficou com uma grande lealdade em que não abandonavam os pobres, fazendo um limite para grandes fortunas.

Maria, ficou muito mais feliz, pois criou novos amigos, mas desta vez verdadeiros, e pôde contar com os pais.

Bem… e esta é a história de uma guerra nunca ouvida e de uma menina que sofria muito, mas que ficou muito melhor após a guerra.

 

Autor: As Vinte Mil Léguas Submarinas