Uma inaudita guerra com o nome da uma mulher
P |
ois esta historia passou-se em 1983, no dia 15 de Fevereiro, numa reunião com os representantes dos E.U.A e da Austrália. Nada mais simples: reunião em que de repente os dois presidentes começam a discutir. Eu nem sei o que se passou, estava cá fora e vi o presidente a sair disparado para o carro. Até fui lá falar com ele, mas ele nem me disse nada e eu também não insisti, pois eramos amigos e não queria perder a sua amizade.
E assim passou um mês. No dia de 24 de Março de 1983, uma bomba cai em Katherina, no norte da Austrália. Aí sim, começou uma guerra com os Americanos. Eu e o Shaine fomos chamados para a Força Aérea australiana. O General disse-nos que ia começar uma guerra nada bonita, que só os que acreditam é que escaparão ilesos. Eu não sabia o que ia fazer, mas ele disse logo que nós íamos para os aviões.
-Amanhã partimos - disse o General.
Assim foi. Eram 3 horas da manhã e já estava dentro do avião Avros CF-100, um avião a jacto capaz de chegar daqui à América em pouco mais de 2 dia. Às 3:40 deram a partida eu não estava muito contente e o Shaine muito menos. Não era como jogar na consola. Agora era a sério! Eramos rapazes com 22 anos, sem mulher, podíamos vir ou ficar pelo caminho, mas só o futuro é que sabia o que iria acontecer. A meio do Oceano Índico tínhamos 3 aviões a uma distância de 7 km. Nós eramos mais de 5 aviões, mas eles eram 3. Cada um deles correspondia a 2 aviões dos nossos. Já tínhamos o plano, agora era ver o que ia acontecer. Aí vêm eles!
-Tudo pronto! Ataque em menos de 4 minutos – disse o General.
Nós estávamos prontos, mas com receio. Tínhamos 4 anos de experiência, mas era a primeira vez numa guerra e logo com a América. Assim foi, eles apareceram como trovões. Eu e o Shaine fomos pelos lados, o General ficou de frente e nós só ouvimos os aviões a explodir. Eu fiquei sem palavras. O que senti era uma dor no coração e medo de perder uma vida numa coisa sem importância. Por causa de uma discussão de treta vão matar milhões de pessoas. Mas, eu como não tinha voto na matéria não podia dizer nada, tinha de fazer só o que me pediam. E assim fiz durante 3 anos: ia a Austrália buscar o carregamento e arrancava logo outra vez. Só tinha um dia para descanso e houve mais de um mês sem nada. Estava tudo calmo, nem bombas, nem mortes, nem nada. Nós achamos muito estranho quando chegamos lá os aviões estavam todos queimados e só vimos uma mulher. Aterramos e fomos com as armas em direcção à mulher que estava a chorar. Achamos estranho, mas fomos perguntar:
- A Senhora está bem? - Perguntou o General.
- Não. Acha mesmo? Estávamos em guerra convosco, como é que eu havia de estar? - Disse a mulher.
-Espere lá, você disse que estávamos em guerra… então, agora já não estão? – Perguntou o General.
-Não. Eu queimei os aviões - respondeu a mulher a chorar.
- Desculpe, você é que queimou isto? Está a brincar, só pode. Isso era impossível. - Dissemos nós, um pouco confusos.
Levamos a mulher para a Austrália e lá ganhou um premio e respeito de todos os australianos, afinas as mulheres são uma arma preciosa.
Autor: A Palavra Mágica