O Papagaio Verde
O Papagaio Verde

Uma viagem à cidade de Milão

 A Mariana, a Andreia, a Eva e a Rita. Eram as melhores amigas e iam juntas para todo o lado. Um dia, ao pensar nas férias, a Rita lembrou-se:

- Vamos fazer um cruzeiro!

-Ótima ideia. – Responderam em conjunto.

Preparam tudo e, a 22 de Agosto às 11horas estavam as quatro no cais do Porto para um cruzeiro até Milão. Entraram, embarcaram e muito se divertiram até ao dia em que houve um problema nos motores. E agora? Era a questão que todos colocavam. A Mariana começava a entrar em pânico e lá com a preocupação dela ninguém a aturava.

-Calma, calma! – Dizia o Eva – Tudo se vai resolver e vai correr tudo bem.

-Ó  Rita ! E agora? Vamos ficar aqui no meio à deriva! Somos uns náufragos! – Dizia preocupada a Andreia.

- Vais ver que quanto menos esperares vão avisar que os motores já estão reparados. – Respondia a Andreia.

Entretanto, passa um marinheiro a avisar que haverá uma reunião no auditório principal em que têm de estar todos presentes. O comandante fala, fala, fala até que acaba por dizer o que interessava: o problema dos motores estava quase resolvido mas vinha uma tempestade. Esta por enquanto era pequena mas podia aumentar.

Instaurou-se o caos, o pânico. Todos gritavam, choravam, punham as mãos na cabeça sem saber o que fazer. Foi difícil mas depois de acalmarem as pessoas, o comandante deu informações e disse tudo que tinha de fazer e, assim que tocassem as sirenes, cada um ia para o seu quarto e não saía de lá até que as mesmas voltassem a tocar.

-Anda Mari, temos de ir para o nosso quarto. – Dizia a Andreia a puxar a Mariana.

-Vocês não têm medo de estar sozinhas? Eu tenho! Não é melhor ficarmos todas juntas? – Pergunta o Eva.

-Grande ideia! – Exclamou a Mariana – Vamos para a beira delas… Anda Andreia.

Toca a sirene. Todos corriam para o quarto. Ouve-se o vento a passar nas janelas como um carro de fórmula 1, o barco sempre a “abanar” e tudo a cair, os relâmpagos, os raios… era tudo tão junto que parecia o fim do mundo. Ouvia-se as pessoas a gritar de medo, crianças a chorar (assim como adultos). As quatro amigas lá estavam no quarto 245 agarradas umas às outras a lembrar todos os bons momentos que tinha passado juntas enquanto jogavam às cartas, era uma forma de se “desligarem” um pouco de Tempestade mas não a impedia de continuar. As ondas eram enormes. O bombordo e estibordo do barco estavam cheios de água mas como o barco abanava como uma bandeira, a água acabava de voltar ao seu devido lugar.

De repente, o soprar dos ventos parecia ir embora, o barco começava a parecer uma bandeira em dia de muito pouco vento, as ondas pareciam ter diminuído e os relâmpagos desaparecido.

Passado uns minutos toca a sirene. Finalmente a tempestade acabou e, entre mais de 300 pessoas, apenas houve alguns feridos ligeiros devido à queda de alguns objectos.

Assim como todos que estavam a bordo, os quatro amigos vêm cá fora ver o como tudo ficou. O céu estava límpido como nunca tiveram visto antes, o barco também se encontrava de um modo como pouca gente tinha visto antes: vidros partidos, sítios inundados, “velas” partidas e muito mais.

- Nunca pensará vir a ver um barco assim nem a viver o que vivemos. – Espantada a Rita.

Começaram a ajudar os marinheiros a limpar o cruzeiro e passados dois dias chegaram a Milão.

- Finalmente terra firme! – Exclamava de alegria a Mariana.

- Porquê? Não gostaste da viagem? – Pergunta a Eva com um ar irónico.

-Gostei mas para Portugal não sei como vocês vão mas eu cá vou comprar uma passagem de avião!

Assim o fez. Passado uma semana as quatro amigos seguiram para Portugal mas todos de avião.

Autor: O Papagaio Verde