A inaudita cidade que mudou de nome

  Hoje em dia, existem inúmeras cidades, por todo o planeta, mas pelo menos uma ninguém conhece nem imagina que existe. A cidade Ralph PL. Esta cidade é muito diferente das outras, pois tudo pode acontecer. O ambiente naquela cidade é horrendo, o céu cinzento cobre as ruas estreitas todos os dias e as casas de apenas um andar onde a população desta cidade habita são muito pequenas com uma cozinha, uma sala, um quarto de banho e apenas um quarto pois é costume um casal só ter um filho.

  Nesta cidade habitam no máximo 100 adultos e 50 crianças. Como é uma cidade que nunca foi falada por ninguém e ainda não se ouve falar dela a população lá existente é muito pouca e não existem automóveis. As lojas de roupa e de alimentos são em pouca quantidade, pequenas e apresentam uma reduzida variedade de produtos.

  Na cidade Ralph PL existe um presidente, que manda na cidade inteira.

  Num dia, lá para meados da primavera, início de verão, o presidente que se chamava Ralph, a sua mulher Lucy e o seu filho Philip, que dão o nome á cidade, foram até à praça principal que está no centro da cidade proclamar que a partir daquele dia, 24 de abril, toda a população tinha que dar uma quantia de 200€ para o presidente e para toda a comunidade. Os habitantes da cidade não tinham muitos rendimentos, e a maior parte das pessoas não ganhava mais de 300€ por mês, por isso não podiam dar 200€ ao presidente pois ficavam sem dinheiro para os bens essenciais.

  Como era de prever ninguém gostou daquela ordem que tinha acabado de ser proclamada e decidiram que todos os adultos da cidade se iam reunir em casa de Jonas, um Homem rico que estava sempre do lado da população e odiava que injustiças fossem feitas.

  Jonas tinha tudo preparado em sua casa para receber a população da cidade cinzenta onde não se via o sol para decidirem o que iam fazer para derrubar e mandar embora o presidente.

  Quando já estava toda a gente reunida em sua casa, Jonas bateu com um pau de madeira no chão três vezes para chamar a atenção das pessoas e para falar.

-Vamos começar por saber quem está de acordo com a lei que o nosso presidente impôs!-disse Jonas para a população.

  Como ninguém estava de acordo com o presidente, uma mulher chamada Isy pediu a Jonas para falar e disse com um voz de chateada e de determinada:

-Temos que fazer algo, que o presidente nunca mais se esqueça e se possível que o faça deixar a cidade.

Foi então que um homem chamado Scully disse:

-Talvez, uma grande manifestação com cartazes e gritos, fosse uma boa ideia!

  Jonas, Isy, Scully e o resto da população puseram mãos á obra. Começaram por fazer cartazes com frases determinadas e que mostram descontentamento da população como por exemplo: queremos que o presidente vá embora somos contra o facto de termos de dar dinheiro para o bem-estar do presidente. De seguida inventaram quadras que tinham como objetivo ser fáceis de memória e que entrassem na cabeça do presidente e que ele nunca mais se esquecesse delas.

  Passados dois dias, à frente da casa do presidente encontrava-se a população da cidade chefiada pelo Jonas.

  Eram 10 horas da manhã e o presidente ainda estava a dormir, acordou e veio à janela do seu quarto ver o que se passava, mas não quis acreditar no que estava à sua frente, um bando de pessoas contra ele.

  A população enraivecida gritava bem alto, mostrando o seu descontentamento. Ao mesmo tempo, declamavam vezes sem conta uma quadra:

Queremos que o presidente vá embora

Não lhe queremos dar dinheiro

Desapareça daqui agora

Senão, não temos como pagar ao padeiro

  Ouvindo isto, o presidente vestiu uma roupa apresentável e foi ao encontro da população.

  Quando se aproximava da população, o barulho, os gritos e a insatisfação da população que pareciam como dizem as pessoas no seu dia-a-dia um “bicho mal morto” aumentavam cada vez mais de intensidade.

  O presidente emitiu então um comunicado:

-Venho por este meio comunicar que este dinheiro que vos estou pedindo, não irá ter diretamente para mim, será doado a uma empresa para construir um parque de diversões na cidade.

Scully não acreditou no que ouviu e gritou:

- Nós já temos um parque de diversões, não precisamos de outro, Sr. Presidente, eu acho que o melhor que têm a fazer é ir-se embora, já ninguém o quer aqui!

  Jonas, Isy e o resto da população apoiaram Scully enquanto o filho e a mulher do presidente iam ao encontro dele.

  O Jonas como não gostava de injustiças, ameaçou que ou o presidente ia embora ou ele contava para o mundo inteiro que aquela cidade existia acabando assim sossego daquela cidade.

  O presidente como não podia permitir que uma coisa dessas acontecesse acabou por renunciar o cargo, pedindo apenas em troca que o deixassem ficar com aquela casa.

  A população aceitou a imposição do presidente, só que havia um problema quem é que havia de ser o novo chefe supremo daquela cidade!

  Ninguém imaginava quem podia ser, até que Jonas, o homem mais rico da cidade levantou-se, bateu com um pé no chão e disse em voz alta:

-Eu penso que podia ser eu o novo presidente, sou um homem com muito dinheiro, muitos bens, gosto de ajudar as pessoas e odeio injustiças, por isso acho que sou a pessoa indicada!

  As pessoas olharam umas para as outras e ninguém se opôs. A Isy que gostava muito do Jonas mencionou que não havia razões para manter o nome da cidade Ralph PL, pois era o nome do antigo presidente, da sua mulher e do seu filho.

  Passou uma semana, era o dia 2 de maio, o dia em que ia ser proclamado um novo nome e um novo presidente para a cidade. A população estava toda reunida na praça principal. De repente, Jonas apareceu e disse que como tinha muito dinheiro, ia doar uma quantia às pessoas mais carentes e que mais precisavam de ajuda na cidade.

  Como é óbvio, a população ficou radiante, mas o que queriam mesmo saber era o nome que a cidade ia ter.

  Jonas com um sorriso rasgado na cara disse com uma voz forte:

-O nome desta cidade a partir de hoje será Friends City, pois somos todos amigos e ajudamo-nos mutuamente.

  A partir desse dia a cidade nunca mais foi a mesma, as pessoas andavam com mais alegria e até as nuvens cinzentas que cobriam a cidade desapareceram, vendo-se assim o sol iluminar aquela inaudita cidade.

Autor: Livro Mágico