O Pequeno novelo cor de laranja
Era um Barco, um pequeno barco amarelo reluzente com características fora do normal, que passavam despercebidas ao olho de qualquer um. Aquele pequeno barco levava a bordo 5 tripulantes e a Cozinheira, que estavam dispostos a embarcar numa pequena aventura, que lhes podia mudar o rumo de suas vidas e possivelmente mudar-lhes a forma de pensar e de agir irracionalmente.
Lá ia ele, embalado nos movimentos das ondas, quando de repente, uma onda gigante e destrutiva acompanhada por relâmpagos e trovões que pareciam brincar com ele, esticando e puxando todos os pequenos fios e madeiras que ainda o uniam numa peça só; E Num fechar de olhos lá passou a tempestade, e quando tudo estava mais calmo, Mr. Hatty Hatington (o capitão da tripulação) começou a verificar se tudo estava em ordem para prosseguir com a viagem. Quando de repente, uma onda ainda maior que a anterior, engole o barco, como se este fosse uma barata a ser esmagada por 2 ou 3 toneladas de água em cima, e que completamente surpreendida sem qualquer sobreaviso do que estaria prestes a acontecer.
Quem ainda conseguia ouvir, o pouco que ouvia eram os rangeres dos mastros e a violência das ondas a embater na proa, e foi quando Mr.Reginald subiu as escadas e disse:
-AH!Acho que temos um pequeno problema.
E toda a Gente começou:
-A sério, como descobriu isso Génio!?
E foi quando Mr.Hatty disse
-Vá lá, sejam simpáticos.
Enquanto os tripulantes do S.S.FriendShip discutiam sobre a solução para este problema, o Barco embateu numa ilha exótica e misteriosa. Durante a tempestade houve uma morte e 2 feridos ligeiros, tendo morrido o cozinheiro; Já em terra firme,Mr.Hatty,Mr.Reginald e o Dr. Vladimir prosseguiram para a densa e vasta floresta existente no coração da cidade deixando os 2 feridos dentro de uma cabana improvisada perto de uma praia onde o barco naufragou. Lá estavam há mais de três horas a cortar ramos de árvores e silvas com uma pequena machete para abrir caminho pelo denso matagal para procurar comida, mas mais importante, civilização.
Alguns minutos depois ficaram surpreendidos com o monumento que tinham a sua frente; Era um velho teatro À muito abandonado, e então os três tripulantes correram até Às escadas que pareciam nunca mais acabar do teatro e abriram as grandes portas majestosas, cheias de pó e ferrugentas, mas o inesperado surgiu; Gatos, sim gatos mas não eram uns gatos quaisquer, eram grandes bolas de pelo que andavam a duas patas com os seus grandes olhos reluzentes e brilhantes, os 2 dentes caninos e as grandes pantufas…para não falar de que eram muito gordos e usavam uns fatos ridículos.
Os três tripulantes mal deram um primeiro passo dentro do teatro foram logo metidos em sacos de plástico e capturados. Depois de capturados, os 3 tripulantes estavam agora dependentes deles próprios para fugir daquele inferno que era na realidade um velho teatro, já outrora famoso e bem-sucedido que é agora governado por gatos, por alguma razão…
Os três pobres Tripulantes, enquanto estavam detidos, eram forçados a fazer teatro e a sobreviverem sem qualquer condição de vida, só para os gatos se puderem entreter enquanto se lambiam naquelas cadeiras de estofo vermelho que normalmente existiam nos velhos teatros.
Num dia a tarde os três tripulantes iam fazer o maior espectáculo que alguma vez imaginaram. Eles decidiram que nessa tarde eles iriam fugir e para isso teriam que enganar uma série de gatos até chegarem outra vez à saída e pegarem no barco e porem-se a andar, foi então que o Vladimir teve uma ideia:
-“No meu quarto tenho sempre guardado grandes quantidades de lã para trocar os estofos das almofadas e por isso acho que podemos usá-la para fazer pequenas bolas para distrair os gatos, como por exemplo novelos.”
-“Sim, um dia destes estava a ir para a cela e vi um gato deslumbrado com um pequeno novelo laranja reluzente, nem se mexia nem piscava os olhos, estava estético a olhar para o novelo, parecia que tinha entrado em coma” -disse o Réginald.
Duas horas depois lá tinham eles feito centenas de pequenos novelos laranja, porque pelos vistos eles gostavam dos laranja porque era igual à cor do pelo deles. Foram para o palco e sacaram dos bolsos os novelos e começaram a atirá-los ao publico e pouco a pouco todos foram ficando estéticos a olhar para as pequenas bolas de lã improvisadas.
Lá foram eles todos contentes aos saltitos para o barco, passaram pela cabana e levaram os dois feridos para o barco. Já a meio da viagem, Hatty estava encostado a um mastro a olhar para o chão e foi então que Réginald foi ter com ele e pediu-lhe por um abraço, mas ele não respondia, logo ele que adorava abraços que nunca recusava nenhum e que ficava radiante só com deslumbrante pequeno pensamento de um abraço calorento e sentido do coração, mas não respondia, algo de errado se passava, e foi então que Réginald abriu as duas pequenas mãos de Hatty e encontrou um pequeno novelo que Hatty tinha-se esquecido de atirar ou então ficou tão deslumbrado com o pequeno novelo que preferiu abandonar o conhecido e o amado e perseguir o desconhecido e reluzente que era um pequeno novelo cor de laranja.
Autor: O Meu Pé de Laranja Lima